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26/06/2013 - 08h56 | CAMPO GRANDE

Moka defende em plenário abertura de concurso para contratar 10 mil médicos para atender no interior

Proposta de importação de médicos do exterior feita pelo Governo Federal sofre resistência por parte das entidades médicas;

O senador Waldemir Moka (PMDB), presidente da Comissão de Assuntos Sociais do Senado, defendeu a realização de concurso público para contratação de médicos com lotação específica no interior do país. A proposta foi defendida na segunda-feira (24), durante pronunciamento no plenário do Senado.

O Governo federal defende a importação de médicos, proposta que sofre resistência das entidades médicas, como o Conselho Federal de Medicina e a Associação Médica Brasileira. “Já me reuni com essas entidades, que querem concurso público ao invés da contratação de profissionais de Cuba, por exemplo”, informou.

O senador quer a abertura de concurso para contratar 10 mil médicos, com salário compatível e exercício obrigatório da atividade em municípios de pequeno porte, onde há carência desses profissionais. “Se o concurso não atrair interessados, aí ficaria comprovada a necessidade de importar médicos. Por enquanto, não há essa certeza”, ponderou.

A contratação de médicos, segundo Moka, irá melhorar o atendimento no interior, mas não acabará totalmente com o problema. “O concurso para a área deve vir acompanhado de um programa de investimento nos hospitais e postos de saúde com a compra de equipamentos básicos, como aparelho de raios-x, e a abertura de mais leitos”, afirma.

Outra medida, de acordo com Moka, seria a existência de uma equipe multidisciplinar em cada hospital do interior. “Além de clínico geral, pediatra, obstetra e anestesista, que deve ser o básico de toda unidade, deve haver concurso para contratação de profissionais de enfermagem”, sugeriu.

Moka cobrou maior compromisso do governo federal com a Saúde e lamentou que, na regulamentação da Emenda 29 em dezembro de 2011, o Congresso Nacional tenha deixado a União de fora dos percentuais mínimos para investimento no setor.

O Senado rejeitou proposta que obrigava a União a investir 10% de sua receita na saúde. “Votei a favor daquela emenda. Mas a maioria impôs exigência apenas a Estados e municípios. É preciso que todas as esferas de governo tenham obrigações mínimas nessa área”, advertiu.

Fonte: Correio do Estado


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