Corumbá concentra o segundo maior rebanho bovino do país, segundo IBGE

Uma das justificativas pelo número expressivo de gados é a impossibilidade da diversificação de culturas na região do Pantanal;

Com o efetivo de 1,7 milhão de cabeças de gado, Corumbá responde pela segunda colocação do ranking nacional de rebanho bovino, deixando a primeira posição para São Felix do Xingu (PA), que detém 1% de toda produção nacional, o equivalente a 2,1 milhões de animais.

Os números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) foram enfatizados pelo presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Luciano Aguiar Rodrigues Leite, durante sua participação no Congresso Internacional da Carne, em Goiânia.

Ribas do Rio Pardo, também em Mato Grosso do Sul, é o terceiro município em produção de gado no Brasil, com o efetivo de 1,1 milhão.

“Temos estrutura e estamos inclusos no mercado internacional, competindo igualmente com outras regiões e atendendo a necessidade dos consumidores da carne brasileira”, afirmou Rodrigues Leite.

A justificativa apresentada pelo presidente para o expressivo número de animais em Corumbá é a impossibilidade da diversificação de culturas na região do pantanal.

“Não tem como diversificarmos com soja ou florestas em área alagada. Dedicamos então à pecuária orgânica, o que nos é favorável também no quesito rentabilidade”, destacou Rodrigues Leite ao considerar o pasto nativo, que dispensa o plantio de capim, diminui o custo de produção e incrementa 10% no preço final da arroba.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Corumbá,  o assoreamento do Rio Taquari, que passa pelo município, causou a inundação de aproximadamente 1,5 milhão de hectares, onde antes produziam o equivalente a 500 mil cabeças de gado.

Para recuperar parte dessa planície alagada Rodrigues Leite afirmou que há tramitações em andamento com parlamentares do Estado, com a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS) e o Ministério da Integração.

São 200 produtores rurais que se dedicam à pecuária em Corumbá.

“Por mais que nos tornamos relevantes em volume, também nos preocupamos com qualidade, por isso sempre nos mobilizamos em busca de qualificação”, garantiu Rodrigues Leite, que já intermediou cerca de 100 cursos de capacitação no ano de 2013, todos em parceria com o Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e com a Embrapa Pantanal (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

O Sindicato Rural pretende aumentar sua produção na bovinocultura por meio da IPF (Inseminação por Tempo Fixo), uma técnica disseminada pela Embrapa Pantanal que objetiva diminuir o intervalo entre os partos e causa melhoramento genético dos animais.

Fonte: Assomasul